Flexibilidade Cognitiva: Que habilidade é está?

8 passos para desenvolver em sua empresa

O que é flexibilidade cognitiva?

A flexibilidade cognitiva é a capacidade de pensar de uma maneira diferente em busca de soluções menos óbvias, ou seja, é o “pensar fora da caixa”. Desde pequenas as pessoas aprendem a estabelecer padrões de pensamentos que as fazem chegarem a soluções imediatas para adversidades que enfrentam no dia a dia. É como se fosse uma resposta automática do nosso cérebro.

Estamos falando sobre problemas básicos que permeiam a rotina. Vamos a um exemplo? Imagine que você tem uma festa e quer usar um vestido novo que comprou para a ocasião. Pouco antes de sair de casa, derruba suco na roupa e não pode mais usá-la para o evento.

O que você faz? Fica chorando e desiste de ir à festa? Não. Automaticamente o seu cérebro encontra uma estratégia nova para solucionar o problema. E isso acontece o tempo todo no nosso dia a dia em diversas situações, mas como é algo rotineiro não paramos muito para pensar a respeito.

Qual é a importância da flexibilidade cognitiva?

Ao desenvolver a flexibilidade cognitiva você se torna um ser humano apto a lidar melhor com mudanças e adversidades. Assim, se torna mais flexível e tolerante a erros e mudanças de rota. Além disso, indivíduos com uma flexibilidade cognitiva maior estão mais propensos a aceitar novas ideias, valorizar a opinião dos outros e acolher diferentes pensamentos sobre um mesmo assunto ou problema.

Portanto, é uma habilidade que nos permite sair da zona de conforto e fazer novas conexões que eliminam o pensamento automático. E isso é benéfico tanto na vida pessoal como profissional. Estamos inseridos em um mundo altamente complexo que muda muito rápido, com diversas transformações e novidades o tempo todo.

Como desenvolver a flexibilidade cognitiva na sua empresa?

Agora que você já entendeu o que é flexibilidade cognitiva e a sua importância, não podemos deixar de dar algumas dicas relacionadas a como ajudar os seus colaboradores a desenvolver tal habilidade no dia a dia de trabalho.

Vale lembra que a cultura, valores e a forma de agir e pensar da organização como um todo pode interferir no nível de flexibilidade cognitiva das pessoas que trabalham naquele ambiente. Em seguida, confira 8 dicas!

1. Seja tolerante com erros                    

O primeiro ponto que precisa ser enfatizado é a questão da tolerância ao erro. Um ambiente profissional que não dá a chance para as pessoas testarem, errarem e tentarem de novo acaba oprimindo novas formas de pensar e encarar um problema.

Por outro lado, quando os indivíduos se sentem livres para tentar algo novo significa que não têm medo de “pensar fora da caixa” e sair da zona de conforto. É claro que isso não significa que todos podem cometer enormes erros sem receber nenhuma chamada de atenção, é preciso de equilíbrio e coerência.

Lembre-se, no entanto, de que uma empresa muito rígida em relação aos erros limita o pensamento criativo e as soluções que podem ser encontradas para um determinado problema. Isso porque as pessoas passam a ter mais medo de errar e serem punidas e, assim, deixam de lado as suas ideias.

2. Incentive a liberdade de expressão

Para ter novas ideias e propor soluções além do óbvio é preciso se sentir confortável para expor as suas opiniões. Todos devem ter certeza de que serão ouvidos e terão seu lugar de fala respeitado.

Muitas vezes, ambientes muito rígidos por conta da hierarquia podem acabar se tornando bem intimidadores. Dessa forma, profissionais de cargos mais baixos não se sentem bem para se expor e muitas ideias e inovações podem ser perdidas por conta disso.

Uma forma de mudar isso é flexibilizando um pouco a hierarquia e enfatizando no discurso da empresa que a liberdade de expressão é essencial para o crescimento de todos naquele ambiente. Cabe aos líderes também incentivarem os membros de seus times a colocarem ideias na mesa.

3. Fomente a diversidade

Outro ponto relacionado à flexibilidade cognitiva é a tolerância em relação a ideias e pontos de vistas diferentes. Afinal, é impossível “pensar fora da caixa” se nos limitarmos e ficarmos condicionados aos nossos padrões e vivências.

Por isso, é importante que a empresa assuma dois papéis. O primeiro é levantar a bandeira da diversidade e agir de forma coerente, garantindo um time diverso e inclusivo. Em segundo lugar, deve fomentar a tolerância às opiniões, crenças e vivências diferentes, pois apenas dessa forma é possível crescer e criar conexões inovadoras.

4. Crie dinâmicas que estimulem o pensamento fora da caixa

“Pensar fora da caixa” significa fugir do óbvio. Para estimular esse tipo de pensamento e chegar a soluções ideias que ultrapassam a zona de conforto é válido criar algumas dinâmicas diferentes. Uma muito conhecida é o brainstorming, que visa reunir diversas ideias de várias pessoas para chegar a possíveis soluções para determinados problemas ou tarefa a ser executada.

Vale entender como incentivar todos a participarem de forma ativa, lembrando que os colaboradores devem se sentir confortáveis para se expressarem nesses momentos de compartilhamento de ideias. Isso significa que não devem existir julgamentos e classificações de “ideias ruins e boas”, tudo é válido nesse momento.

5. Incentive projetos multidisciplinares

Projetos multidisciplinares em uma empresa são aqueles que unem diversos departamentos em prol de um objetivo em comum. Essa prática é interessante porque conecta profissionais de diferentes áreas de conhecimento para trabalharem em conjunto.

Dessa forma, eles entram em contato com várias perspectivas e ideias, cultivam a tolerância e desenvolvem maior facilidade para migrar de uma área para outra e pensar em soluções inovadoras em âmbito coletivo.

6. Não coloque a tecnologia acima de tudo

A flexibilidade cognitiva é uma habilidade que nunca poderá ser substituída pelas máquinas. Por mais que os avanços na tecnologia ajudem o ser humano em diversas esferas, há alguns pontos que dependem simplesmente do nosso cérebro.

A criatividade e a capacidade de criar conexões e chegar a soluções fora do comum são habilidades que, pelo menos por enquanto, não podem ser superadas pelas máquinas. Por isso, é extremamente importante valorizar todo o potencial humano dentro da sua empresa.

7. Estimule a prática de exercícios físicos

Exercícios físicos ativam partes do cérebro que distribuem hormônios saudáveis e que impactam a disposição, energia e entusiasmo. O efeito é positivo, ajudando a eliminar dores, sentimentos negativos e favorecendo uma postura mais positiva.

Talvez você não saiba, mas tudo isso tem a ver com a flexibilidade cognitiva porque ao ter mais disposição e uma atitude positiva a pessoa também passa a ter mais interesse por ir além da zona de conforto, superar adversidades e vivenciar novas experiências a partir de diferentes perspectivas.

Por isso, é válido que a empresa ofereça benefícios corporativos relacionados à prática de exercícios físicos dentro ou fora do horário de trabalho.

8. Incentive o autoconhecimento

O autoconhecimento é uma ferramenta muito valiosa para o desenvolvimento da flexibilidade cognitiva, principalmente para pessoas que ainda convivem com uma rigidez cognitiva.

O primeiro passo estar aberto para vivenciar um processo no qual você entende o que tem lhe impedido de se adaptar a novos desafios e por que há certa inflexibilidade na sua maneira de agir e pensar diante dos problemas e tarefas.

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